sexta-feira, 15 de julho de 2011

sobre as mentiras (II)

eu deveria escrever na sua mão igualzinho 

- "i'm not supposed to tell lies" 

até você sangrar de saber que é errado mentir, e que verdade é bem diferente de mentira.

acredite, cabeça nenhuma consegue mentir pra si mesmo. não vicie sua cabeça aprender a mentir pra mim, não, por favor. aprenda a desenrolar suas mentiras dizendo a verdade nem que você tenha de fazer isso enquanto dorme. eu não deixo mentirosos se aproximarem de mim, não. não são, em geral, companhias agradáveis. principalmente quando mentem na minha casa, sobre mim mesma, sobre as coisas que acontecem de fato em minha vida. e acredite, não é interessante ouvir sequer os pedidos de desculpa de alguém assim.

e não é legal ouvir de um amigo 'ah, ainda bem que a tua mãe morreu, assim, você percebe que não foi mentira nossa o que te fudeu a vida, te fez perder todos os amigos. foi culpa dela mesmo. é, você sabe, ela mentia pra você.' e eu que tenho que aceitar isso enquanto uma verdade? eu tenho que acreditar nisso? já disse, eu não dou mais nem o seu gozo de saber se ando bem ou não. apenas aceite o fato: mentira adoece a alma.

se o homem foi criado enquanto signo de razão, como ele pode mentir sobre a própria racionalidade? simples: é impossível. ele não dorme, ele não come enquanto ele não souber o que é verdade, porque é essa a loucura dele. sempre a verdade, sobre tudo, sobre todas as coisas, naturais e aleatórias. e enquanto ele não faz isso, ele não se satisfaz.

toda mentira atrapalha a ciência. e acredite, não são só os fatos científicos, mas todo tipo de ciência pessoal. e é assim que os homens aprenderam o que são os siris. e como são pros homens, são para os siris e caranguejos, e dedos do pé.

e isso é verdade.
 

memória de vida passada em signisciência