sexta-feira, 27 de agosto de 2010

coqueiro-preguiça

coqueiro preguiça!
que vontade de deitar em teus braços verde-anil
espreguiçar-me em ti, de te ser gastando o mar
retorcer-me ao vento sul!

o azul que se desdobra sob tuas penas
comove, papagaio preso ao chão
teu sentimento de liberdade auto-centrada

espelho-me em ti:
em ti, me distraio e abstraio
em verdes vertentes, cujo os vórtices
recaem sobre mim
e me atiçam
em pensamento vetorial.

memória de vida passada em signisciência