terça-feira, 26 de abril de 2011

quero é manter-me esquecida dentre os homens.  
mas as notícias voam assim, como folha ao vento, e o silêncio sumiu entre as árvores e as cigarrilhas.

peço paz, silêncio. solidão. qual é o problema em ser afastada, solitária e feliz ao mesmo tempo? a necessidade em me seguir é sua, amigo, não inverta as coisas. eu sei que ainda há alguma coisa de mim em você, mas eu não quero voltar pra buscar ainda, compreende?  

o lixo é bem ali em frente, não esqueça de dizer: não serviu. 

hoje eu tenho companhias mais agradáveis em minha vida, que se importam com os detalhes de mim, que vê o que me aflige. seja pra falar mal, ou pra dizer 'sou seu caderno, amigo, continue', eu ainda prefiro a um diário, um analema, um mago aos oitocentos seres humanos mudos a me observar, esperando que eu conte uma piada que os faça rir.

"perdão", disse a calça, "apenas eu a faço sorrir, hoje em dia. se importa?"

memória de vida passada em signisciência