traçados quadrado e cubo, que se
entrelaçam um ao outro.
com a linha de ariadne, são carregadas as velas sem pavio, que se derretem na vesta multicor e pinga sigilos sobre o couro. conjurações admitidas. mas eis que algo muda, no momento em que caía o selo cerado no livro.
um espírito se forma: eis a velha verdegosa, cuja os cabelos não crescem mais. a figura na nuca é sua única coroa, pobres que foram as aventuras vividas. a língua é tão mole quanto úmida, e as íris emanam estrelas. a lambida na linha de ariadne é o feitiço de quem já não tem voz. as narinas fissuradas até o osso teletransportam odores de sangue e fezes do cavalo que está fora do aposento sem portas ou janelas. banida e alimentada dos sólidos mentais, se esvai em fumaça doce-amarga.
à frente, a mesa retangular de
pedra, com base em forma-tau.
por cima, uma adaga cerimonial: o
punho em metal, a lâmina em madeira-cega, e encrustada à ponta mágica, uma
esmeralda. estão dispostos, também, um punhado de sal-com-ervas, o fio rígido
de ariadne, velas incolores sem pavio e uma porção de água-livre-de-taça. mesmo
sem continente, o líquido mantém-se à forma de um cálice reminiscente. ao canto
se empilham o orbe, o cubo, a pirâmide, o homúnculo e a cornucópia, sólidos
mentais cabíveis numa boca sem dentes.
à direita, o receptáculo do grimório,
erguido em inclinação de quarenta e cinco graus. há uma chama vestal flutuando,
multicolorida. sobre o receptáculo, uma peça de couro curtido e ao
avesso. era um animal guia, mas virou presa de um ser maior.
atrás, uma pedra grande o
suficiente para recostar sem flexionar os joelhos. é um divã.
à esquerda, um quadro em plano
perpendicular e um rico relicário pendurado na moldura. onde se pode ir através
da pintura? em saída, não se pode esquecer da joia, necessária como portal de
retorno.
com a linha de ariadne, são carregadas as velas sem pavio, que se derretem na vesta multicor e pinga sigilos sobre o couro. conjurações admitidas. mas eis que algo muda, no momento em que caía o selo cerado no livro.
um espírito se forma: eis a velha verdegosa, cuja os cabelos não crescem mais. a figura na nuca é sua única coroa, pobres que foram as aventuras vividas. a língua é tão mole quanto úmida, e as íris emanam estrelas. a lambida na linha de ariadne é o feitiço de quem já não tem voz. as narinas fissuradas até o osso teletransportam odores de sangue e fezes do cavalo que está fora do aposento sem portas ou janelas. banida e alimentada dos sólidos mentais, se esvai em fumaça doce-amarga.
esconjura a lã de ariadne, que derrama
óleo sobre a adaga, e o esparge sobre as runas invertidas. a linha carrega
também o sal-com ervas, e põe-no sobre a unção do juramento. aqui não há magia:
é a mão, que após estrangular a água-livre-de-taça, exorcismará o espírito invocado
ao diário de sombras, até que se ele torne casto novamente.
um dracma ficou perdido em algum lugar do
templo, mas não há quem sinta o totem de volta ao espaço-tempo.