quarta-feira, 28 de maio de 2014

#3 | 2014

eu quero é samba! 

estou em um período difícil em minha esquizofrenia, marcado pela tomada de consciência de diversas falhas de atalho em minha estrada, embora não seja essa a dificuldade que encontro. 

penso sobre advérbios. entre cada duas palavras, penso em colocar um desses, mas me vem à mente que falar por advérbios é o equivalente em fala do uso de gírias; eu não gosto de gírias. 

a dificuldade é assumir que estive errada sobre o que me faz bem por muitos anos. não é sair das situações de promiscuidade e abuso psicológico per si, mas escapar ao autojulgamento que faço quando lembro que de tantas circunstâncias que experienciei, quantas eu poderia sair incólume através de um simples exercício mental, que evitaria o atalho dos prazeres em detrimento da evolução pessoal. 

não querendo falar, mas já em ritmo escriturário, parabenizo-me a mim mesma pela tomada de atitude no quesito limite. e, como meu desejo latente é mesmo o de comemorar (não só pelas minhas novas idéias, mas principalmente para dar sentido ao meu dia, que não ineditamente passou em branco), eu penso em samba de cartola e me dou com um artigo sobre a cartola sem fundo que é minha possível condição. 

(...) vida, no que se apresenta o triste se ausenta / fez-se alegria / corre e olha o céu que o sol vem trazendo bom dia!

memória de vida passada em signisciência