sexta-feira, 12 de abril de 2013

a marilene (II)

amiga harpia
unhas de ferro a me rasgar a alma
aos gritos, partindo a realidade
olhos certeiros a me seguir os dias

não sei que mal lhe consome
mas é profundo e lhe cega
interpretando papéis
jogando a duas caras

mas lhe satisfaz me ouvir dizer
que não há perdão para seu erro
que não há futuro entre nós
e que perde seu tempo

é mais difícil aceitar do que parece
quando alguém se cansa do joguete
e pula fora, levando as fichas
um arco aberto em meu peito

mas fique feliz
você mereceu mal traçadas linhas
em um poema sem rima
e sem muito sentimento.

memória de vida passada em signisciência