sexta-feira, 12 de abril de 2013

eu vs. ela

seu sonho se realiza: escrevo sobre você. sobre seu temor de estar tão escravizada pelo medo que nem pode me soltar. sobre como bolinou meu tempo, e perdeu seu tempo, porque não há nada escondido que jamais venha à tona. e mais uma vez, suas artimanhas chegam à superfície e vemos todos quem é você. e não havendo o que fazer para esconder-se, você alega sua infância sofrida, seus problemas familiares, qualquer coisa que justifique suas ações. e nada justifica, nem ser mal-resolvida, nem ter sofrido um dia. já no fim você se pergunta se é melhor do que eu, por ter me atazanado por três anos seguidos, agora. e a resposta lhe amedronta também, e você, por raiva ou medo resolve não me deixar ir. queria mesmo que as coisas passassem incólumes? nada passa incólume na vida, menina. isso porque não falei do roubo de intimidade, seu jogo favorito, e seu despeito por eu me apaixonar tão abertamente. é, eu me apaixonei por ele, e ele sabia; tenho sentimentos diversos por ele, hoje, e ele sabe. não precisei nunca de alcoviteira (apenas em meu primeiro namoro). então, que função lhe resta em minha vida? e por favor, não diga amiga: você teve sua chance e preferiu jogar a ser fato, como fui. como dizem as mulheres na ribeira, "sou puta, não."

memória de vida passada em signisciência