quarta-feira, 5 de setembro de 2012

reflexão sobre o silêncio (...)

ainda me perguntando: qual lugar melhor me contém? não ocupo muito espaço, não. só quero uma escrivaninha e muitos livros para fichar, em silêncio. um namorado que me diga "ei, chega: vamos sair ou sua cabeça vai explodir", e que ao mesmo tempo me incentive a ser focada, sempre. e menos barulho. eu sei que não é difícil. vai pintar, eu penso. mas queria tanto que já fosse o que pintei, que esqueci de avisar como sou. e me deixei levar a ser o que não era e daí, narciso acha feio o que não é espelho. este, viu no espelho de si o que menos gostava em si mesmo e terminou. o próximo há de ver coisas impossíveis de se viver a sós. apenas a dois é possível transmigrar. e isso é o que sei fazer de melhor. ser um pouco da alma de alguém. 

- o problema é que você não devolvia nunca o pedaço da alma que tomou, e eu não podia pedir o que é meu, porque só seria meu mesmo enquanto estivesse dado por mim. e você descuidou, descuidou e achou feio. e o tamagochi morreu dodói. amém.

memória de vida passada em signisciência