segunda-feira, 4 de março de 2019

em meu sonho, você estava sob o jameleiro, as faces coradas e gotas de suor doce escorriam pelo seu pescoço. sei que eram doces, pois eu as recolhia com a língua, enquanto ouvia a melodia sensual da sua respiração, que se interrompia vez por outra por notas vocais anasaladas e quase sofridas. no fundo, acho que sabia que era um sonho e que eu imaginava, porque você não resistiu quando eu te acariciei por baixo da roupa íntima, mas se deitou sobre as folhas secas, completamente nua para mim. sei que era sonho porque seu sabor era igual ao do jamelão, e porque o som do seu gemido se tornou o som do meu próprio, chamando seu nome ao despertar.

memória de vida passada em signisciência