segunda-feira, 1 de junho de 2015

amélia não tinha a menor vaidade

quando eu era adolescente, acreditava que feminismo era sinônimo de lutar pelo direito da mulher trabalhar e namorar com quem bem quisesse e sob os parâmetros que os homens, em geral, namoravam. aos poucos, fui percebendo que feminismo ia mais além, era pelo direito à igualdade de direitos e deveres, pela autonomia econômica e política.

mas até descobrir uma recente vocação (talvez adormecida pelo conceito daquela atitude feminista enquanto necessária à sobrevivência social de uma mulher dita moderna), eu não tinha consciência real de que "o lugar da mulher é onde ela quer estar". achava mesmo que a mulher precisava se autossustentar, estar ativa no mercado de trabalho, ter suas próprias coisas e não precisar, nunca, de ninguém.

eu, mulher, romântica, culta, espiritualista: quero estar em casa, cuidando do meu marido, da minha casa e da minha filha, estando atenta à educação dela e às necessidade dos dois.

e, mais do que nunca, preciso manter-me feminista, porque até mesmo o machismo feminino (o que hoje eu entendo como feminazi) reclama das mulheres que preferem estar com a barriga no fogão e ser mulher de alguém por opção própria.

"amélia não tinha a menor vaidade..."

memória de vida passada em signisciência