sexta-feira, 24 de agosto de 2012

esfinge


ela é uma esfinge,
uma algoz
quee me cobra risos
e me consola
dizendo que amor dá

corrói meus músculos
palpitantes de angústia
e seus olhos de parca
cega, envergonhada
de dizer que sabe
que cega quem quer muito ver

Ela é uma esfinge,
uma algoz
e me sentenciou à morte
com uma rosa vermelha
fui mais:
dei a rosa, que a mim agourava
a um amigo, de cantada à sua namorada

creio que fiz bem,
mas ainda aceito a cesta de doces
e temo ser aquela maçã
que envenenou a Branca de Neve
analogias não me faltam a isso


memória de vida passada em signisciência