segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

e eu assisti Anastasia na infância,sabia?



I

o mais estranho da sua grande sabedoria, da sua grande caverna é a sua incapacidade em formar pensamentos complexos sobre qualquer coisa que vá contra sua mentira, eu juro que é o que eventualmente chamarão sociopatia. é comum aos seres humanos apressados do séc. xx olharem a todas as coisas com rasidade quase-chula, sem entender o valor da poesia e da linguagem. homens sem filosofia, típicos da era pós industrial. sei que você também se sente pressionado pela cientificidade do século xx, mas verdade é algo a ser defendido não por iluminação, mas em iluminação.


II

e de toda a forma, ainda é um fardo ser eu quem lhe conta a verdade sobre a sua vida. o interessante é lembrar que suas ações só se tornaram importantes a você quando outros o vêem agir, que não apenas eu. quando a perda social a você finalmente parecer factual, quando ela sair do plano das idéias, é que você resolverá (e parece agora ter resolvido) que não pode ser uma atitude bem-pensada perder o tempo da própria vida em vampirizar conscientemente a vida alheia (e aqui, assumo não saber se existem vampirizadores que ajam inconscientemente).


III

depois de alguns anos em inocência e ingenuidade, por fim fui obrigada a aceitar que existem, sim, pessoas más, como rasputin, em anastasia. dessas, que vendem a alma, ou seja, que passam mais tempo pensando sobre como causar a infelicidade nos outros do que em como provocar a própria felicidade. dessas que invejam tudo, da costelinha miúda do sono de uma mãe ao nome de batismo oferecido pelo pai. rasputin é seu tipo.


memória de vida passada em signisciência