terça-feira, 20 de julho de 2010

diógenes (ou o filho do demônio)

poucas pessoas no mundo conseguem despertar em mim um desejo de morte tão macabra, e ao mesmo tempo, um medo tão medonho quanto você ontem. acredite, o arrependimento é meu, se eu pudesse, deixava você levar até a última peça de valor que trago no corpo. como eu te odeio, como eu queria ser capaz de esquecer seu nome, seu vício de pedra, sua vida maltrapilha, suas mentiras e seu 'menina, vá pra casa dormir', o aviso do motorista 'é melhor correr', o sorriso de joel e as duas horas na delegacia, sabendo que hoje é provável que eu morra quando você, tendo marcado meu caminho, meu endereço, meu horário e minha vida venha se vingar por ter ido preso. estou morta de medo, e sinceramente espero que você morra podre numa cela suja, estuprado, de tiro ou por não ter como pagar suas dívidas de pedra (exatamente como ezequiel em carandiru). mas a vida não é um filme, ela é muito pior. e o pânico é todo meu, seu filho da puta fedido.

eu te odeio por tudo isso e pelas noites terríveis de sono, insegurança e desconforto ao voltar do trabalho, por todos os pensamentos ruins que ainda hão de rondar minha cabeça por ter acionado a polícia. deus te leve, e o demônio que se encarregue da sua vida maldita. 

memória de vida passada em signisciência