segunda-feira, 24 de maio de 2010

estou no ápice do meu egocentrismo, sem mais griseldas, ritas, renatas ou eus sem nomes ou imagens. aproveitemos: eu poderia roubar palavras e signisentir esse momento como parte de um sonho que tive, onde me via de frente, como se fosse outro alguém, e meus olhos eram tão brilhantes que podia ver o mundo atrás de mim. não, ao invés de signisentir palavras de outrem, signisinto a mim:

- prazer, luisa. às vezes, sou eu. às vezes, sou ela. nunca escrevo em versos, sempre penso numa briga que nunca existiu, num amor que sempre neguei, e em uma bad trip que me aparece quando sinto você. ainda assim, busco um ponto de equilíbrio perfeito em reta, ângulo, cruz, pele e pêlo. não tenho vergonha nem tabus na escrita, premedito sem conhecer limites. amo mais gente do que meu coração é capaz de suportar, mas nunca me ouvirão dizer ou pensar alto sobre isso. me declaro com frequência, mesmo quando estou calada, e não espero receber flores de ninguém. conheço minha vida de ponta cabeça, já vivi de trás pra frente e já vi o ponteiro das horas caminhar sozinho. conheço meu eu dos sonhos, meu eu da realidade, meu eu na loucura (e acredite, essa é a luisa mais lúcida entre todas elas). 

memória de vida passada em signisciência