sábado, 24 de abril de 2010

conhecer pessoas novas é uma atividade emocional desgastante pra mim. eu não confio em ninguém até que meu coração possa dizer alguma palavra ao da pessoa, e obter uma resposta, qualquer que seja. não acredito em coração mudo, porque o meu fala muito alto, e até hoje nunca conheci nenhum que não se traia ao brincar de silencioso. a parte ruim de tudo isso é que de coração é rápido conhecer alguém,  mas muito difícil não se decepcionar com a forma como a conversa oral acaba se encaminhando. as pessoas confundem muito isso de falar com o coração e estar dando mole.  não falo com o coração pra qualquer um, finjo não ter coração com qualquer um e principalmente, evito conversar com o meu, somos geniosos e temos acordos inquebráveis sobre isso. ele é pequenininho e silencioso,  mas quando fala alguma coisa é quase como uma muriçoca doida me atazanando durante a noite. é por isso que não tenho medo desse suposto silêncio, sei que podemos não estar na mesma frequência, mas isso nunca vai nos impedir de andar lado a lado: temos um objetivo em comum.

- so, come on, take (break, have) another little piece of my heart: you know you got it, if it makes you feel good.  isso é o que Janis diria a esses novos conhecidos, e eu seguirei pela mesma linha. mulher que sabe o faz de verdade não tem medo dessas coisinhas à toa, pois sabe que coração é bicho inteligente e, principalmente, fiel a si mesmo. mais até do que ao dono.

memória de vida passada em signisciência